Musica

terça-feira, 10 de junho de 2014

Citações do livro A ESCRITA DA DANÇA/ Autora: Ana Lígia Trindade

Citações do livro A ESCRITA DA DANÇA Bibliografia: Escrita da dança : a notação do movimento e a preservação da memória coreográfica , A / 2008 - A ESCRITA da dança: a notação do movimento e a preservação da memória coreográfica. Canoas, RS: ULBRA, 2008. 144 p. ISBN 9788575281895.

 Pagina 17 

1 paragrafo= “Os livros de historia contam que a dança foi uma das primeiras manifestações do homem. Assim, antes de usar a palavra para comunicar-se, ele já se expressava corporalmente. Sendo a dança tanto movimento codificado como livre, é facil concordar com essa afirmação, uma vez que o corpo fala por meio de movimentos. Mesmo, através dos milênios, com a primazia da palavra sobre o gesto corporal, qualquer um com senso de observação mais apurado percebe que o corpo complementa as mensagens verbais através da sua comunicação não-verbal."

  2 paragrafo= "Os primeiros registros de atividade dançante datam do Paleolítico Superior. São pinturas e desenhos deixados nas paredes e nos tetos das cavernas habitadas pelo homem naquele período. Como se trata de imagens estáticas do corpo humano, não é possível saber como eram essas danças. Especula-se que a ideia na época era imitar a natureza. Assim, dançava-se ao redor da fogueira (fonte de luz e calor)para pedir que o sol brilhasse, jogava-se água sobre as jovens para torná-las fecundas, assim como se jogava água no solo para que ficasse fértil. "

3 paragrafo= "Os primeiros registros escritos de dança de que se tem conhecimento datam da época da Renascença, quando surge a figura do maître de dança. Aos mestres cabia, além de ensinar danças de salão e de espetáculo, ditarem as regras de etiqueta e comportamento, tudo devidamente registrado em manuais."

 4 paragrafo= "A dança é uma arte efêmera, isto é, no mesmo momento em que ela se realiza, ela se desfaz, só ficando presente na memoria de quem teve a oportunidade de presencia-la. A dança é diferente das artes visuais tradicionais que, uma vez feitas, imortalizadas e preservadas nos museus. Por essa razão, é importante que se investigue e registre a dança e seu contexto."

Pagina 18

1 Parágrafo= "Sendo assim, as produções mais antigas da dança não são passiveis de reconstrução exata, uma vez que, antigamente, na havia a preocupação em mantê-las vivas para a posteridade. A tradição da transmissão dos conhecimentos da dança sempre foi e ainda é muito pratica, e encontra seu principal foco no fazer."

2 Parágrafo= "Hoje em dia dispomos de mais recursos para a preservação da memoria da dança, assim como de maior consciência para a sua reconstrução posterior na manutenção do acervo histórico da nossa cultua artística do movimento humano. Há varias maneiras de construir uma dança. A forma mais antiga acontece a partir da memoria dos bailarinos, transmitida de geração para geração. Entretanto, esses profissionais perdem detalhes e tendem a incorporar seus próprios estilos ao movimento. O problema aumenta quando os bailarinos recebem as informações de pessoas que não participaram do processo coreográfico original. Atualmente também existe o registro audiovisual, que provê um acesso instantâneo e muito valioso para a dança. A imagem audiovisual é, entretanto, bidimensional, perde clareza e visibilidade, não indica todas as ações do espaço cênico simultaneamente. A videocâmera requer luz especial e um cuidado extra na orientação da lente Programas, figurinos originais, notação musical, entrevistas jornalisticas, desenho de luz, detalhes da produção, entre outras possibilidades, são fonte de pesquisa para uma reconstrução bem feita. Essas são algumas razoes por que todos os tipos de documentos e registros são necessários par a dança, inclusive o desenvolvimento de seus sistemas de notações específicos"

3 Parágrafo= "... notações são registros escritos que se propõem a perpetuar os movimentos em seus detalhes, assim como a pauta e os sinais musicais registram a musica. São métodos para anotar para o movimento humano meticulosamente, da impressão geral à sutileza da mudança. As notações foram e vêm se especializando em descrever o movimento qualitativamente e quantitativamente, dissecando-o em elementos que formam o alfabeto corporal."

Pagina 19

1 Paragrafo= " A notação da dança está para a dança assim como a notação musical está para a música e a palavra escrita está para o drama. Na dança, a notação é a tradução do movimento em quatro dimensões (sendo o tempo a quarta dimensão), em sinais escritos no papel bidimensional. Uma quinta "dimensão/' seria a dinâmica (ou a qualidade, a textura e o frasear do movimento)_ que deve também ser considerada uma parte integral da notação, embora a maioria dos sistemas não o apresente."

terça-feira, 23 de julho de 2013

Transformações das Linhas do Movimento da Dança- Iris Brasil


Quem tem a dança como uma forma de expressar a arte, vai concordar comigo sobre a necessidade constante e diária de se atualizar, aprender e estudar cada vez mais. Essas posturas vão refletir em seu trabalho e propostas de criações.

Sendo assim, procuro buscar conceitos e inovações sobre o tema Dança e gostaria de dividir isso com vocês. No link a seguir existe um texto chamado "TRANSFORMAÇÕES DAS LINHAS DO MOVIMENTO DA DANÇA", da autora Iris Brasil.

http://bocc.ubi.pt/pag/brasil-iris-transformacoes-das-linhas-do-movimento-na-danca.pdf acessado em 23/07/2013 as 20h 55.

Espero que gostem, eu estou amando.

Abraço e bons estudos.

Gabriela Gontijo

sábado, 4 de maio de 2013

Conversando com Thalita Menezes




A INFLUÊNCIA DA DANÇA CONTEMPORÂNEA NA DANÇA DO VENTRE E TRIBAL FUSION: Minha experiência

Os estudos de Dança Contemporânea juntamente com minha prática de Dança do Ventre e Tribal Fusion incitou-me numa contextualização da minha realidade artística e profissional.
Muitas pessoas ainda acreditam que são capazes de reproduzir fielmente a dança de outros povos, originada a milhares de anos atrás de forma idêntica, e que qualquer bailarina de outra cultura se atrever a algum tipo de inovação merece ir à forca.
Assim vejo acontecer comigo e outras bailarinas ao meu redor. Desvalorização da nossa dança por não se enquadrar esteticamente a sua estrutura original.
Quando escolhemos um estilo de dança para aprender, torna-se claro a importância de estudar seu passado para entender o que fundamentou sua prática nos dias atuais. Portanto, poucos refletem sobre o futuro, ou seja, as tendências. E o resultado é sempre o mesmo: o “pseudosusto”!
Abaixo segue mais que um desabafo, mais que um esclarecimento, mais que um pedido de reconhecimento. Quero compartilhar conselhos e experiências de grandes mestres que mudaram a minha vida. (Obrigada Nanda Najla, Mira Betz, Priscila Patta, Renata Violanti, Lulu 

Brasil e Arnaldo Alvarenga.)













                                                                                                                                                                      “ BELLYDANCERS E TRIBALDANCERS” QUE TANTO ME IDENTIFICO, QUE TAL DANÇAR A VIDA?

Diante de alguns estudos sobre a história da dança e suas manifestações ao longo dos anos, passei a enxergar possibilidades de, finalmente, explicar a minha dança.
Desde criança fui apaixonada pela dança. Eu era apaixonada pelo movimento.
Não era muito de falar, questionar, discutir. O movimentar parecia ser minha principal forma de expressão.
Por todos os estilos que passei, a Dança do Ventre foi a única, aos 14 anos que me despertou emoções diferentes. A partir daí percebi que essa dança tão bonita me completava. Mas porque me completava?
O que me ligava a uma dança nascida no outro lado do mundo a partir de rituais sagrados de fertilidade, além de ser uma dança originalmente feita por mulheres?
Os fatores que contribuíram para o surgimento da Dança do Ventre no Egito, Marrocos, Oriente Médio, Líbano, jamais serão comparados aos fatores que fizeram a Dança do Ventre ser dançada no Brasil, quiçá em minha vida há 10 anos.
Naturalmente, a medida que a professora me ensinava um novo “passo” via ele acontecer de forma diferente em meu corpo, com isso buscava a melhor estética para minha dança. No fundo, no fundo, era tudo a mesma coisa, principalmente para os leigos. O que mudou mesmo foi na hora de unir e formar o todo.


O meu corpo, nem um pouco preguiçoso, mostrava um dança enérgica, forte, exata, cheia de pulsos e vibrações. Eu gostava de sentir proprietária dele. Era desafiador e me fazia sentir mais capaz. Porém, aprendi que não poderia sair fazendo tudo que me desse vontade pois seria um desrespeito à Dança do Ventre. Quem era eu para resignificar uma dança milenar que nem do meu país era?
Continuei caminhando em cima das “regras”, mas sem esquecer o que meu corpo era ou não capaz de fazer, até que conheci o Tribal Fusion, um estilo de dança originado nos EUA na década de 90 ao qual utilizava na Dança do Ventre influências de outros estilos de dança.
Bem ou mal, o ser humano tem mania de querer respostas para tudo. Pois bem, fui atrás para saber quais eram os estilos que compunham a dança do ventre e que originou o Tribal. E a resposta foi... 


Nenhum especificamente.
Como assim? Posso fundir a Dança do Ventre a qualquer estilo de Dança e chamar de Tribal Fusion? 
Basicamente, sim!
As bailarinas que se destacaram no estilo foram as que não se preocuparam em definir sua dança como forma de satisfação ao público. Elas simplesmente incorporaram à sua dança experiências únicas pessoais e corporais para produzir novos modos de percepção e afecção. Uma preocupação maior em tocar o outro com aquilo que somente ela pode transmitir.
Isso para mim foi mágico! Era a resposta (subjetiva) necessária para sair da crise existencial que eu mesma me coloquei ao ouvir muitas pessoas rotulando minha dança.
Nas minhas primeiras performances de Tribal Fusion, por menos conhecimento que eu tinha naquela época ainda me fazia muito enraizada pela técnica de outros profissionais, como Rachel Brice e Sharon Kihara. Depois de alguns cursos com Sharon Kihara e mais de 10 profissionais intitulados na área, fico feliz em não ter nenhum deles compondo minha dança mais que 20%.


A minha dança começava então a ter mais significado, pois era feita por mim e para mim. Isso foi o auge para meu ego. Até que iniciando meus estudos na Faculdade de Dança da UFMG, descobri que meia dúzia de bailarinos no mundo inteiro deu seu grito de liberdade há centenas de anos, enfrentando todos os preconceitos em busca da reafirmação de sua identidade! 
(E muita gente achando que estou moderninha demais... Humpf!)
“A dança contemporânea é uma coleção de sistemas e métodos desenvolvidos da dança moderna e pós-moderna, ela é muito mais que uma técnica específica, mais até que os outros tipos reafirmam a especificidade da arte da dança. 
Para a ciência o pensamento se faz no corpo e o corpo que dança se faz pensamento, ou seja, completam-se, isso se evidencia nesse estilo de dança. Ela não se define em técnicas ou movimentos específicos, pois o bailarino tem autonomia para construir suas próprias particularidades coreográficas. 


A liberdade trazida pela perspectiva não significa que ela ignora as idéias fortes e a inventividade das grandes obras de qualquer forma artística, nem mesmo um domínio técnico. O corpo na dança contemporânea é constituído na maioria das vezes a partir de técnicas somáticas, assim trazem o trabalho da conscientização corporal e do movimento.
Para Jean George Noverre, um grande pioneiro da dança contemporânea, é necessário a transgressão das regras. Ele diz que será preciso transgredi-las e delas se afastar constantemente, opondo-se sempre que deixarem de seguir exatamente os movimentos da alma, que não se limitam necessariamente a um número determinado de gestos, isto é, não perder um determinado ponto, deixar o corpo fluir sem limites de acordo com

os movimentos, não apenas executá-los e sim senti-los.” Francielly Farias- aluna de dança contemporânea da Escola Bolshoi
Num mundo em constante mudança, onde se tem diariamente tantas conquistas e descobertas sobre nós, ficar tratando a dança como apenas uma repetição mecânica de passos bem executados é reduzi-la a algo menor, ou seja, assim como as pessoas mudam durante o tempo, a dança também muda.




A minha Dança do Ventre não pode ser comparada a de Samia Gamal, Tahia Carioca, Carla Sillveira, Saida Helou ou Lulu Brasil. Assim como meu Tribal Fusion não pode ser cópia de nenhum outro bailarino.
Tenho muito respeito para com todas que, sem dúvidas contribuíram e contribuem até hoje para o meu aprendizado, mas acredito que não existe certo e errado. Existe expressar e movimentar. E para os necessitados de uma resposta, eu não danço Dança do Ventre nem Tribal Fusion. Eu danço a minha vida.
O contemporâneo na dança não é determinado por um valor cronológico, mas como arte suspensa em que passado, presente e futuro se atravessam.
O reconhecimento vale muito a pena o medo não.


Portanto, arrisquem-se e adotem a “Dança Contemporânea” (um jeito de pensar a dança) ao estudo de vocês. 
A partir do momento em que se permitirem, poderão usufruir mais de suas habilidades criativas e ir bem mais longe. Valorizem a liberdade, ultrapassem seus limites para cada dia evoluírem junto com a dança.



Dancem a vida de vocês e pronto!


Por Thalita Menezes - Tribal Fusion Bellydance
Data: 22/04/2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

Conversando com Surrendra



O que Começou com um Hobby Virou Parte Essencial de Minha Vida

Dançar era um sonho antigo.  Quando eu tinha tempo não tinha dinheiro e quando tinha dinheiro eu não tinha tempo.
Um dia fui numa escola de ballet procurar por aulas de jazz e vi escrito na grade de horários da escola: DANÇA DO VENTRE.
Hoje, isso é super comum, mas em 1997 dança do ventre era algo totalmente inusitado.
Marquei de ir ver a aula e foi amor a primeira vista.
Não pensei duas vezes e me inscrevi. Para mim era difícil, pois naquela época dança do ventre era um hobby meio caro e eu ganhava só um salário. Mas persisti
nisso. Ensaiava todos os dias em casa e contava o tempo de ter mais uma aula.
O tempo foi passando e muita gente entrou e saiu da dança. A maioria das meninas fazia dança do ventre por hobby e para mim era mais que isso. Talvez seja isso o motivo de ter insistido quando muita gente saiu.
Tive vários problemas no caminho mas a dança não deixou a minha vida.
Tive problemas com minha professora. A gente passou a pensar diferente e aí aquela sintonia do início sumiu e na minha cidade não tinha outra escola que  pudesse procurar. Isso me fez ficar desanimada até parar de fazer aulas por um tempo.
Dança do ventre numa cidade do interior é duas vezes mais difícil.
Naquela época não tínhamos a internet para nos auxiliar e manter contato com outras pessoas que praticavam a dança. Não tinha muita informação sobre a dança por aí. Era tudo muito caro e fora do meu alcance. E isso me frustrou de certa forma.

Hoje a situação é diferente. Mesmo as coisas ainda sendo caras, tudo esta ao alcance de todos.
Com um pouco de esforço podemos ter um traje lindo, participar daquele evento em outro estado, ter aulas com aquela bailarina famosa que é sua ídola.
Mesmo assim insisti na dança do ventre. Continuei dando aulas e um dia uma amiga me chamoupara ir em BH fazer aulas com a Nanda Najla.
Minha empolgação inicial voltou porque Nanda tinha um estilo diferente, trabalhava o ventre, fusões e tribal.
Conhecer o tribal algo renovador na minha vida. Parecia algo que eu procurava a muito tempo e finalmente tinha encontrado. Um dança sem fronteiras que permitia que minha imaginação fosse além. 

Tanta novidade na dança e estava ali tão perto de mim. Fiz algumas aulas com a Nanda e me aventurei a ir a São Paulo participar de workshops, algo que para mim era mais que novidade.
Acho que foi isso que me prendeu na dança do ventre. A possibilidade de estar sempre diante de um novo desafio. De poder sempre estar testando seus limites. É claro que nada é fácil e é necessário muito empenho e dedicação que será sempre recompensado no final de cada ciclo.
Depois de ter consolidado minha carreira como professora e bailarina na minha cidade parti para outro desafio que foi me mudar para BH e começar tudo de novo.
Novos ares, novas pessoas, novos desafios...
Em BH venho trabalhando o tribal como minha maior referência e além dos meus estudos habituais também estudo o ATS, que apesar de ser também um estilo tribal é uma dança diferente do fusion.
Comecei com o ventre e agora além dele tenho as fusões, tribal fusion e ATS.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

 
 
 
 
 
 
 


Conversando com Esmeralda


DANÇA DO VENTRE: LUTA

A dança arabe entrou na minha vida aos 16 anos e graças a minha teimosia, agarrei a oportunidade e não larguei mais!



O que mais me chamou a atenção na dança arabe foi a liberdade de expressão e a criação do improviso! Eu vinha do classico e do jazz onde trabalhamos em equipe e a ideia da solista me encantou!
Continuei dançando porque sabia que lá na frente, haveria uma recompensa tanto pessoal como profissional para mim! Continuar era uma ordem!
A dança escolhe as pessoas, assim como outras profissões possuem seus escolhidos! A dança me escolheu e tenho certeza que, das meninas que a anos atras, estudaram comigo esta arte, acharam o caminho delas também!
A dança se transformou na minha vida e fez parte do processo de amadurecimento, entrou comigo na vida adulta!
A dança traz beneficios para minha vida, que além de cuidar do meu corpo, cuida da minha alma, das minhas raivas, das minhas feridas... E me deu a oportunidade de conhecer parte do mundo!
Eu tenho dificuldade de memorização de sequências... Como trabalhei muitos anos com o improviso, tenho essa mania danada de montar uma sequencia e logo em seguida... Fazer de novo, tudo diferente!
Mas estou melhorando!
Eu e dança somos felizes juntas e isso é o que importa!

Esmeralda

 Fonte das Imagens: (http://jusobrall.blogspot.com.br/2011/11/belle-epoque-esmeralda.html; http://abailarina.com/esmeralda.php;http://www.dancadoventrebrasil.com/2011/10/primeiros-passos-de-esmeralda-colabone.html;http://500px.com/photo/5015838)